A escola da tua boca
como o clarão de Debussy
na vida floresceu.
As velas se ausentam de língua
no vácuo em que contornas sobre-linhas
em que apagas e reescreves a própria sorte.
No fim, não é a morte,
é a mesma página em branco que te recomeça
no dia seguinte, no anteontem que esfria
no próximo mês, na próxima vez.
Faço votos nos teus beijos
me aqueço e deles me cubro,
predigo outro nome,
dou-te um sinal,
obstruo a tua fuga
revolvo a tua volta.
(Lila Morena)
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