Hoje é dia de Chá com Letras, um evento da faculdade FIBH, de Belo Horizonte. Neste ano, eu levarei a minha palestra referente ao estudo do léxico para os alunos e professores do curso de Letras. Uma oportunidade para discutir, mais uma vez, a produtividade das expressões idiomáticas no contexto informativo, caso da mídia impressa popular, com vistas pedagógicas para aplicação em sala de aula, a partir do jornal SUPER NOTÍCIA. Experiência gratificante e em um bom momento em que sigo confiante com a minha pesquisa acadêmica.
Boa palestra para todos!
Ainda nesta semana, estarei em São Paulo, na USP, no Colóquio sobre Os estudos do Léxico, com o grupo de pesquisa da UFMG. Sabemos
que em toda comunidade linguística, é possível perceber a existência de
um tipo de norma que é mais valorizado do que os outros e se transforma
em norma padrão. Os padrões linguísticos são avaliados positiva ou
negativamente e determinam o tipo de inserção do falante na esfera
social. As formas pertencentes ao padrão culto da língua são mais
valorizadas, de acordo com Mollica (2003). A concepção de certo ou
errado nas práticas pedagógicas, que acatam o padrão culto como
referência, acabam servindo de parâmetro na escolha do que deve ser lido
e quando deve ser lido.
Entretanto, é preciso lembrar que, antes
de ter acesso às variantes formais pertencentes à norma culta, que são
tidas como padrão, o falante adquire as variantes informais, concebidas
como não padrão. A leitura de
jornais populares, por não se submeterem ao ideal de padrão culto como
referência, apresentando, em grande parte dos textos, uma linguagem
menos monitorada, por vezes, causa estranheza no ambiente escolar. Na
concepção do que é certo
ou errado, devemos atentar para a necessidade de apresentar ao aluno o estilo altamente formal, presente em léxicos especializados, tanto quanto os textos que se servem da variedade não-padrão.
ou errado, devemos atentar para a necessidade de apresentar ao aluno o estilo altamente formal, presente em léxicos especializados, tanto quanto os textos que se servem da variedade não-padrão.
Se existe, pois, essa grande resistência
em conviver com as diferentes variações linguísticas, a escola precisa
ser libertadora, no sentido de propor métodos de ensino que livrem as
aulas de português e, também, a sociedade, das distorções deliberadas
dos fatos linguísticos e pedagógicos.
Professora Marília Mendes (24/11/15)
Referências
MOLLICA, Maria Cecília; BRAGA, Maria Luiza (orgs.). Introdução à sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2003.
2 comentários:
PARABÉNS, querida Marília. Você é 10, ou melhor, nota 1000.
Carlos Alexandre
Marília. que a sua carreira seja cada vez mais iluminada. Que você conquiste os seus desejos e possa realizá-los com dedicação, com vontade e com amor, como tem feito brilhantemente até agora.
Te admiro! Te amo!
Marco Caiafa
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