Visto por fora

30 de outubro de 2017 6 comentários

Arquivo pessoal: Lisboa, outubro de 2017.

O início de toda viagem foi em Lisboa. Suas ruas estreitas e cheias de magia abrem as portas para Portugal. Do Campo pequeno para a Baixa, no Chiado, vamos nos entretendo com inúmeras lojas antigas e de grife. No chiado, encontra-se o acervo dos bares, livrarias e restaurantes que marcam a arquitetura de Lisbon, enquanto se urbaniza a vista com os toques de modernidade. Os carros ostentam um pouco desse gigante moderno.
Arquivo pessoal: Lisboa, outubro de 2017.
 O bairro de Belém fica um pouco afastado de Lisboa,  mas por meio de um autocarro (assim como os portugueses chamam o ônibus), pagando 1,80 €, você chega em torno de 50 minutos ao Convento dos Jerônimos, à Torre de Belém e ao Monumento de Nossa Senhora de Belém.
Arquivo pessoal: Torre de Belém, outubro de 2017.
O monumento ao Descobrimento fica à margem direita do Rio Tejo, de onde se tem uma visão privilegiada do rio que nasce na Espanha e deságua no Oceano Atlântico, depois de são Julião da Barra, em Lisboa. As planícies de cascalho cercam o rio como um limite sagrado entre o que pertence ao homem e o que é da natureza, colocando em destaque a figura majestosa do Infante D. Henrique.
Artigo pessoal: Padrão do Descobrimento, outubro de 2017.
Como o congresso foi em Santarém, cidadezinha próxima a Fátima e presente na história do Alentejo, aproveitei para conhecer Cascais, de onde escrevo este post para o blog. 
 
Minha apresentação no Simpósio 26- VI Simelp- Santarém, Portugal

Cascais é uma vila portuguesa, separada de Sintra, por D. Pedro I em 1364. Este município também resguarda o Monte Estoril e o nome de Cascais está historicamente ligado aos montes de conchas das aldeias dos pescadores.
Arquivo pessoal: Cascais, outubro de 2017.
Como sou católica desde que nasci, não poderia deixar de visitar o Santuário de Fátima, onde aumento minha forças, por meio da fé que me guia e que me deixa pronta para os desafios. Foi um momento para o qual não encontro muita descrição. Sinceramente, enchi-me de emoção e não me contive. Estar em Fátima foi um passo que aumentou ainda mais a minha crença.
Arquivo pessoal: Santuário de Fátima, outubro de 2017.
Ir ao Porto, no entanto, é um dever de ser brasileiro e de falar a língua portuguesa. O percurso pode ser feito de comboio, o dia inteiro, com valores aproximados entre 20 e 30 € e com duração de 3h20. Você pode passar o dia em uma atmosfera das mais requintadas de Portugal, ao alto da ponte de D. Luíz, na Ribeira D'Ouro, onde o sol é bravamente avermelhado e tomar uma taça de vinho ao som de um fado. A paisagem do Porto realça as belezas de Portugal. Fiquei um dia no Porto, mas queria voltar outras vezes e dormir em um dos hotéis imponentes que foram criados ao longo dos anos. Fui à livraria Lello comprar um livro de presente para um amigo e saí de lá com mais de cinco livros, incluindo uma gramática de Latim, que será norteadora dos meus trabalhos em 2018.
Arquivo pessoal: Porto, outubro de 2017.
O simpósio de Língua Portuguesa durou 04 dias e entre uma apresentação e outra, procurava conhecer o que Portugal nos mostra por fora. Estou há oito dias em Portugal, porque arrastei meu tempo de permanência para visitar os lugares que queria conhecer. 
 
Arquivo pessoal-Santarém, Portugal, 2017

Não conseguirei ir à universidade de Coimbra, que era um plano. Deveria voar para o Brasil, hoje, mas o voo 103 da TAP teve overbooking. A companhia levou-me para um hotel maravilhoso, em Santa Iria, junto com 11 pessoas que passaram pela mesma situação. Aproveitei mais um dia em viagem, embora o desgaste por não viajar tenha me causado um certo incômodo. Precisava chegar ao Brasil para uma reunião científica. Não conseguirei. A TAP nos indeniza em Euros, além da hospedagem, transporte e refeições. Mas não sei ao certo se isso paga a nossa triste surpresa em saber que não iremos embarcar. Conheci Lina, Jacqueline, D. Geralda e Thalita. Pelo menos, tivemos um dia agradável. Fomos a Cascais novamente. 
Arquivo pessoal: Praça do comércio, outubro de 2017.

Visto por fora e em poucos dias, Portugal é uma página de diário inconclusa, dada a necessidade de partir para outras vilas. E são tantas e tão belas. Interrompo o post e vou ao Mercado da Ribeira Nova. Quero levar alguns temperos para o Brasil, bacalhau e azeite do bom. Só preciso acrescentar que o café em Lisboa me desagrada. Senti falta do café preto, legítimo e fumegante de Minas. As vitrines estão atulhadas de doces. Como faz alguns meses que não como doce, fiquei refém apenas do pastel de Belém. Fui forte! Resisti até o fim. "Cascais, uma vez e nunca mais." Esta frase amaldiçoava o município até o século XIX. A maldição caiu por terra ou pelo mar, porque um lindo paraíso se firmou junto à costa da Península. Viva Portugal!!!
                   Cascais, 30 de outubro de 2017.


6 comentários:

  • Anônimo disse...

    Oi Lila, saudade enorme de você. As fotos de Portuga ficaram lindas. Eu fico na torcida por você sempre que você vai para um evento novo. Minha amiga, poderosíssima. Sucesso!
    Cris Faria

  • Anônimo disse...

    Perfeito. Acho que Portugal é tudo isso e muito mais. Parabéns pelo simpósio mundial. É coisa de gente bacana mesmo, não é? Divou!
    Abraços
    Professor Lucas

  • Anônimo disse...

    Você ê guerreira, corajosa. Você é um dos orgulhos da nossa classe. Parabéns pelo congresso. Quando crescer, quero ser como você.
    Grande abraço.
    Cleber.