DISSILÁBICA

27 de agosto de 2010 0 comentários
Eu não vivo de metáforas,
meu espaço não pode ser pequeno.
Quando amo, sou intensa,
no desamor, sou extrema...
Confundo braços com abraços
acho que o mundo é centímetro do nada
e cabe na minha retina.
Queria ser um pronome Eu,
mas me vejo sempre em Nós,
Minhas peças de roupas coloridas
são íntimas...
Gosto das tardes com borboletas,
animo festas dentro de mim
e duvido dos hiatos...
ás vezes alitero vozes
às vezes, me permito ser só sua.
Sou rastreada pelo teu perfume
de sensação
e quando te amo em primaveras
sou lenta, primária
e absoluta...
Dissilábica,
sou amada nos eixos
e reparada nas bordas
como uma sílaba de
(re)invenção,
sem hífens, sem traçOs
apenas um travessão...
( Marília Mendes )

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