Tatuagem subscrita

18 de fevereiro de 2011 0 comentários
O amor tem pés de asas
de melancolia ou de assombração.
Ao redor de tudo em que te inspira desafio,
 gira um labirinto frondoso.
Imensidão talvez tivesse nome de medo.


Não fosse o frio de agora,
eu te serviria de beijo,
assim como guardas abraços de costelas
em noites-relâmpago.


Não fosse essa chuva,
eu te serviria de sol.
Te dava amor de cobertor
rarefeito de mundo...
Tão suspense no gesto
na tatuagem nova em meu corpo
 que resguarda borboletas
sibilando eternamente (de pele)
como bolhas ao vento
preparadas para a transformação.


[Desencasulado, é livre,
Desamarrado em fios; profundo.]
 ( Marília Mendes ) 

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