Adega do Vinho

8 de dezembro de 2011 0 comentários
Vinho Gosta de Sossego
Você certamente já ouviu falar que o vinho é um ser vivo que nasce, evolui e morre. Pois é verdade. Mas é possível colaborar com esse processo, cuidando para que a bebida tenha uma vida feliz, sem sobressaltos. Para isso, é fundamental saber armazenar a garrafa.
conservar
Posição: a garrafa deve ser guardada na posição horizontal, para que o vinho mantenha a rolha sempre molhada, evitando seu ressacamento e a entrada de oxigênio no recipiente. O ar degrada o vinho pela oxidação.
Temperatura: quem não tem uma adega climatizada em casa deve ficar atento quanto ao local em que a garrafa será guardada. O ideal é um lugar fresco, de temperatura estável, entre 14ºC e 18ºC. Lembre-se de que local quente demais acelera a maturação do vinho, e o local frio demais (a geladeira, por exemplo) impede a evolução da bebida.
Umidade: a garrafa mantida em local muito úmido está sujeita a ter o rótulo e a rolha embolorados, e rolha embolorada estraga o vinho. Devem-se evitar também locais em que haja constante vibração.
Luz: o vinho prefere o escuro. A luz desencadeia reações químicas, degradando a bebida. Embora a garrafa escura seja uma barreira contra a luz, é mais seguro mantê-la em ambientes de baixa iluminação.
Temperatura: ajude o vinho a se mostrar
Vinhos brancos devem ser servidos em temperatura de geladeira; vinhos tintos, em temperatura ambiente. É mais ou menos isso que se prega, mas não devemos ser tão simplista. Pense no vinho tinto durante o verão. Servi-lo em temperatura ambiente é tomá-lo a mais de 30ºC - isso é quente, portanto um sacrilégio. Essa história de temperatura ambiente funciona em alguns lugares da Europa, onde o clima costuma ser ameno mesmo no verão. No Brasil, não.
Mas por que não podemos tomar vinho na temperatura que desejamos? Porque o vinho se mostra, "se abre", apresenta seus romas quando está na temperatura adequada a seu estilo. Existe uma tabela que deve ser respeitada, o que não significa que você tenha de ficar com um termômetro ao lado toda vez que abrir uma garrafa. Para facilitar: vinhos brancos devem ser servidos mais frescos, enquanto os tintos, em temperatura um pouco abaixo da ambiente, mas não gelados.


Não deixe que seu amor pelo vinho faça de você um enochato

Se você já leu este site algumas vezes, imagino que não seja mais leigo no assunto. Pelo menos, esse é o objetivo principal destas páginas. Sendo assim, está na hora de dizer uma coisa importante: você corre o risco de se tornar um enochato. Calma! Todos os enófilos passam por isso. A cultura do vinho é fascinante, e ao primeiro contato com ela queremos logo compartilhar com a família, os amigos ou os conhecidos tudo que aprendemos. Esse é o problema. Nem sempre as pessoas estão ligadas em sua frequência. Portanto, é preciso tomar uma vacina preventiva.

Vamos lá:

Diante dos amigos, evite ficar descrevendo o vinho como se estivesse numa degustação técnica: "Reflexos violáceos, aromas complexos, taninos educados, retrogosto persistente..." Seu interlocutor vai sonhar com uma cerveja gelada diante de tão rico comentário.

Não critique o vinho oferecido por um amigo, mesmo que você o deteste. Guarde com você comentários como "falta corpo", "pobre em aroma", alcoólico demais". Seja discreto e deixe o vinho descansando eternamente no copo.

Em um restaurante, no serviço de vinho, prove-o rapidamente. Não é necessário ficar meia hora agitando e cheirando o copo. Esse é um dos sintomas clássicos do enochato.

Evite entrar em discussões inflamadas sobre o melhor vinho, a safra inesquecível, a uva mais importante. O melhor vinho é aquele que mais lhe agrada, essa é a grande verdade.

Petróleo, raposa molhada, carne de caça, pelo queimado, chão de folhas úmidas no bosque... Assim são descritos os aromas de alguns vinhos especiais. Especiais, certo? Não aqueles disponíveis na maioria das adegas particulares. Portanto, esqueça essas expressões.

Lembre-se de que existem ocasiões certas para você exibir seus conhecimentos sobre vinhos. Restaurantes, reuniões com os amigos, jantares informais são ocasiões descontraídas, de lazer. Nada de ficar discursando sobre as qualidades da uva X, da safra Y, do produtor Z.

Por fim, sempre que necessário, repita esta frase como se fosse uma oração: "Só existem aprendizes de vinho; só os humildes aprendem sobre vinhos".
 Vinho Lambrusco Occhio Nero Servindo Vinhos

REQUISITOS BÁSICOS PARA AS TAÇAS
Corpo separado da base por uma haste
Abertura mais estreita que o corpo
Cristal ou vidro fino
Incolor
Limpeza cuidadosa
Volume em torno de 350 ml
O conteúdo não deve ultrapassar a metade
Em que sequência servir os vinhos

A) QUANTO AOS TIPOS: Brancos Tintos
B) QUANTO À QUALIDADE: Medíocres Médios Bons Grandes
C) QUANTO AO CORPO: Leves Encorpados
D) QUANTO À IDADE: Jovens Maduros
E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR: Secos Suaves Doces

JUSTIFICATIVAS:
A), B) e C) Os tintos, geralmente, são mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores, mais corpo, mais tanino, etc.) do que os brancos. Iniciar a degustação com um vinho mais complexo, elevaria o nível de exigência em relação ao próximo vinho, menos complexo, minimizando os seus aspectos positivos e realçando os seus aspectos negativos. Pela mesma razão, depois de tomarmos um grande vinho, os que se seguem, ainda que de boa qualidade, nos parecerão sempre piores do que realmente são.
D) Os vinhos mais velhos são mais complexos do que os jovens. Embora isso possa não ocorrer para vinhos diferentes, torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho, porém de safras diferentes, especialmente se for um vinho longevo, de longa guarda.
E) O açúcar de um vinho doce ou suave, prejudica na apreciação de um vinho seco servido a seguir. Não é à toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeições, acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos.
AS TEMPERATURAS IDEAIS
TINTOS
Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC
Não envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC
Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC
Beujolais 'Primeur" ou "Nouveau" - 10 A 12 oC
BRANCOS
Secos, Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC
Secos, Jovens e Leves - 6 A 12 oC
Suaves e Doces - 4 A 6 oC
ROSÉS
Todos de modo geral - 6 - 12 oC
ESPUMANTES
Brut - 6 A 12 oC
Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC
FORTIFICADOS
Vinho do Porto - 10 A 18 oC
Jerez - 8 A 14 oC
Madeira - 12 A 14 oC
OBS: Uma garrafa deixada durante 8 minutos na água com gelo sofrerá uma redução de 5 oC na temperatura, que corresponde a 60 minutos de permanência na geladeira.
A ABERTURA DA GARRAFA

1- A REMOÇÃO DA CÁPSULA

Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porção da cápsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano, pois, na maioria dos vinhos de boa qualidade a cápsula é feita de chumbo que é tóxico. A cápsula, deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo, próximo à abertura da garrafa. Isto pode ser feito com uma faca.

Pode-se também fazer a remoção da cápsula utilizando o corta-cápsulas ("foil-cutter"), que é um acessório que tem a forma de um "U" cuja abertura abraça o gargalo. Pressionado no gargalo e girado, ele corta a cápsula através de disquinhos de aço existentes na sua base, mas em geral corta mais rente à borda do gargalo.
2 - A LIMPEZA DO GARGALO

Após a remoção da cápsula, deve-se limpar vigorosamente o gargalo, com um guardanapo de pano ou de papel, principalmente se a cápsula removida for de chumbo que, como já foi dito, é um material tóxico ao organismo.
3 - A RETIRADA DA ROLHA

A seguir, é fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforço do usuário e seja eficiente na sua função essencial, que é tirar a rolha, sem danificá-la. A abertura da garrafa de vinho é uma operação óbvia e simples, mas pode-se transformar em verdadeira tortura se não se dispõe de um saca-rolhas adequado.
A maioria dos saca-rolhas, entretanto, usa até hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste é o ítem fudamental. Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais:
a) Ter um passo amplo, isto é, as voltas da espiral devem ser largas, lembrando o rabo do porco, e não curtas como as voltas de um parafuso. Quando o passo é curto a haste não abraça firmemente a cortiça e, ao ser puxada, esfarela a rolha e não a retira.
b) Ser revestida de teflon, material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da cortiça.
A AERAÇÃO OU "RESPIRAÇÃO" DO VINHO

A aeração ou "respiração" de um vinho é uma conduta sempre aconselhável para os bons vinhos, em especial os tintos. Durante o tempo de envelhecimento na garrafa, o vinho está em total ausência de oxigênio e nele ocorrem reações complexas que levam à formação de substâncias sensíveis ao oxigênio. Em geral, um bom vinho não envelhecido em demasia, quando exposto ao oxigênio do ar, sofre alterações benéficas, liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos. Quanto melhor o vinho, quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas, maior será o tempo que se deverá deixar o vinho aerando ou "respirando". Essa operação é realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviço do vinho e deixando o vinho "respirar". Outra alternativa, melhor ainda, é transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o ítem decantação), onde o vinho sofrerá maior aeração em menor tempo.
Apesar da polêmica em relação às vantagens e ao tempo de aeração dos vinhos, a maioria dos conhecedores concorda que não há necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente. Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos, sendo exceções os brancos de alta qualidade, com grande estrutura e complexidade aromática que devem "respirar" algumas horas antes do serviço .
Os vinhos que mais lucram com a aeração são os tintos de qualidade, maduros (prontos para tomar), já suficientemente envelhecidos, que devem "respirar" por um período mínimo de uma a três horas. Quanto melhor o vinho, maior será o tempo de aeração e para alguns o tempo de respiração preconizado vai de 6 a 24 horas.
No entanto, é importante lembrar que a respiração pode ser trágica para vinhos muito velhos, com vinte, trinta anos de vida ou mais. Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa, as substâncias complexas formadas tornam-se extremamente sensíveis ao oxigênio e, quando em contato com o ar, elas sofrerão uma rápida oxidação, degradando-se rapidamente. Por melhor que seja o vinho, ele não suportará o "choque respiratório" e, não é raro ver-se vinhos maravilhosos muito velhos, servidos logo após de abrir-se a garrafa, explodirem em aromas, maravilhar-nos à boca e, passados poucos minutos, extinguirem-se por completo, perdendo os aromas e tornando-se intragáveis. Portanto, cuidado, não areje vinhos muito velhos !
A DECANTAÇÃO DO VINHO
A decantação de um vinho consiste em uma operação simples, porém cuidadosa, para remover o sedimento ou borra ou depósito do fundo da garrafa, em geral existentes no vinhos muito envelhecidos. Esse sedimento é constituído por várias substâncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vão se depositando no fundo da garrafa, como por exemplo os taninos que sofrem polimerização.
Na realidade, não há nenhum problema médico em bebermos um vinho com sedimento, mas ao manusearmos a garrafa ele irá misturar-se no vinho, tornando-o turvo e provocando, quando bebido, a sensação desagradável de uma fina areia na boca. Portanto, a decantação é aconselhável por razões estéticas na sua degustação do vinho: melhor visualização e melhor sensação gustativa.
A decantação é realizada, após a abertura da garrafa, de três formas:
1 - Manual, na garrafa
Deita-se a garrafa com cuidado, para que o sedimento não se misture ao vinho e, com o auxílio de uma fonte de luz (vela ou lâmpada), com a mão firme e lentamente, vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taça, procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do "ombro" da garrafa. Quando se notar que ele começa a subir o ressalto, para-se, espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeça-se a operação. Desse modo ele não virá até o gargalo e, portanto, não se misturará ao vinho que está saindo.

2 - Manual, no decantador
Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no método anterior) para um decantador ou decanter (inglês) ou carafe (francês) que é um frasco, de vidro fino ou cristal, com a base bem larga, semelhante a uma licoreira. Deixa-se o decanter em repouso, até que o sedimento vá todo para o fundo e, em seguida, serve-se lentamente o vinho nas taças. Como a base é muito larga, a retenção do sedimento é bem fácil do que na garrafa, acelerando o processo. Outra vantagem do decanter é que ele também se presta muito bem para aerar o vinho, fazendo, simultaneamente, as funções de decantação e respiração do vinho.

3 - Com auxílio de aparelho especial
Existem aparelhos para fazer a inclinação lenta da garrafa mediante a ação de um sistema de engrenagens. Ao girar-se uma pequena manivela, aciona-se o sistema, que provocará a lenta inclinação da garrafa, de modo muito mais preciso do que o método manual. Apesar de charmosos, esses aparelhos são difíceis de ser encontrados e muito caros.

Filtragem, uma alternativa à decantação
Em caso de inabilidade ou falta de paciência para realizar a decantação, bem como na ausência de um decantador ou do aparelho mencionado, a solução menos charmosa, porém mais prática e rápida, é passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil. Na falta desses utensílios, a solução é "coar" o vinho, através de um pano limpo colocado na boca de uma jarra.

CONSERVANDO O VINHO JÁ ABERTO
No caso de você abrir uma garrafa de vinho e não consumi-la toda, o que fazer para conservar o vinho?
Uma vez aberta a garrafa o vinho estará em contato constante com o oxigênio e seguramente irá oxidar-se em pouco tempo. Para protelar um pouco o problema, tampe a garrafa com a própria rolha, coloque-a na porta da geladeira e procure bebê-la em dois a três dias.
Uma outra solução é utilizar a "bomba de vácuo" ou "vacu-vin", em francês, ou "wine-saver", em inglês.
A bomba de vácuo
Trata-se uma pequena bomba que possui um êmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeção) que se adapta à uma rolha especial de borracha, colocada na garrafa. Com movimentos de vai e vem do êmbolo, vai-se retirando o ar da garrafa, pois o aparelho possui uma válvula que permite a saída do ar por sucção, mas impede a sua entrada. Assim, depois de várias bombeadas, o êmbolo passa a movimentar-se com dificuldade, indicando que o ar da garrafa está saindo e quando tornar-se impossível movê-lo, o vácuo estará efetuado na garrafa. Desse modo, o vinho poderá ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco, por muito tempo. No entanto, por esse sistema não se consegue um vácuo absoluto, sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mês. 


Como comprar vinhos



Em supermercados

Algumas redes oferecem boas seções de vinhos, e algumas até contam com consultores especializados no assunto. Independentemente da marca ou do preço, alguns cuidados costumam ser desprezados pelos consumidores, mas são essenciais para uma boa compra.


Observe se o local destinado aos vinhos está adequado:

Protegido do sol, do calor, da umidade e de oscilações bruscas. Esses quatro fatores são inimigos do vinho.
Observe se as garrafas estão armazenadas na horizontal. Lembre-se de que as rolhas devem estar sempre em contato com o vinho para não ressecarem, o que permitiria a entrada de oxigênio.
Nunca pegue as garrafas que estão em pé. Elas foram posicionadas na vertical para exibir o rótulo e evitar que o consumidor toque nas demais na hora de escolher. Numa prateleira bem organizada, as garrafas armazenadas abaixo daquelas que estão em pé são do mesmo vinho.
Escolhido o vinho, pegue uma garrafa que está na horizontal, de preferência uma que esteja mais difícil de alcançar. Teoricamente, essa foi bem guardada.
Verifique as condições do rótulo. Se estiver embolorada ou danificado, é melhor descartar o vinho, pois isso indica que a garrafa ficou em local impróprio.
Verifique a rolha. Se estiver expandida para fora, alguma alteração deve ter ocorrido com a bebida. Despreze a garrafa.

Em lojas especializadas


Uma loja de vinhos é, por si só, um local mais requintado, onde é possível encontrar produtos importados, alguns caríssimos. Por isso mesmo, costuma causar algum constrangimento em pessoas que querem apenas levar uma garrafa para acompanhar aquele espaguete despretensioso da noite. Bobagem. As lojas de vinhos precisam de você, e uma das razões é que a maioria das garrafas do estoque é de vinhos jovens, que não podem ficar esperando muito nas adegas, mesmo nas climatizadas. Basta passar alguns minutos observando os rótulos para ver que não só de produtos a preços proibitivos vive esse mercado.Há garrafas baratas e de qualidade.Conte sempre com o auxílio dos profissionais da casa para se informar sobre as características do vinho, como casta, país produtor, vinícola etc. Se quiser, informe ao atendente quanto pretende gastar. Assim, o relacionamento fica mais objetivo e eficiente.

Fique atento às degustações gratuitas oferecidas pela loja.Geralmente elas são promovidas pelo importador, pela própria loja ou pela vinícola com o objetivo de divulgar determinados vinhos. É uma boa oportunidade para ampliar seu repertório. Peça para incluir seu nome no mailing list da loja. Assim você será informado de promoções, cursos, degustações e novidades. A maioria das lojas oferece esse serviço.

Rótulo não é enfeite. Alguns são sóbrios e distintos; outros, modernos e coloridos. Qualquer que seja o estilo do rótulo, é importante observá-lo com atenção, pois nele estão algumas informações importantes para o consumidor.


Em geral, um rótulo contém:


Classificação:
indica a qualidade do vinho. Cada país adota regras próprias de classificação. Algumas mais comuns: Vinho de Mesa, Vinho Regional, Vinho de denominação de Origem Controlada.

Contrarrótulo:
pode conter informações sobre a vinícola, a uva, a safra e o método de vinificação. Inclui ainda o registro no Ministério da Agricultura, endereços, contatos etc.
Marca ou nome do produtor: é a assinatura do vinho.

Numeração:
em reservas especiais, alguns produtores costumam numerar as garrafas e o lote.

Safra:
o ano da colheita da uva. Se for uma grande safra, o preço do vinho é mais alto.

Teor alcoólico:
uma pista importante sobre o corpo do vinho (leve, médio ou encorpado). Quanto maior o teor, mais encorpado tende a ser o vinho, embora outros fatores também contribuam para o corpo.

Uva:
o nome da casta que predomina no vinho, caso seja um varietal. Em vinhos de corte ou assemblage, pode aparecer o nome de mais de uma uva.

Volume:
quantos mililitros de vinho contém a garrafa. A maioria traz 750ml.

Só para constar:
No Brasil, acontece uma coisa curiosa com os vinhos importados. Nossa legislação exige que se informem, na embalagem, os ingredientes do produto. Acontece que em outros países, como França, por exemplo, não existe essa obrigatoriedade. Para contornar o problema, os importadores costumam acrescentar um novo contrarrótulo à garrafa para atender às exigências internas. Muitas vezes, esse contra rótulo quebra a harmonia da garrafa, mas é absolutamente necessário.

As garrafas recebem uma proteção no gargalo, chamada de cápsula. O material da cápsula também deve ser observado, pois indica, em parte, a categoria da bebida.


Cápsula de Chumbo:
usada em vinhos finos, de qualidade. Garante maior proteção e torna a garrafa esteticamente mais elegante, porém é mais cara para o produtor e não impede possíveis contaminações.

Cápsula de alupoli:
mais barata que a de chumbo e usada em vinhos de segunda linha.Cápsula de plástico: usada em vinhos de mesa, tem baixo custo para o produtor, porém pode sofrer variação com o calor.

Só para constar:
Estão começando a ser comercializados no Brasil as caixas de vinho, que armazenam entre quatro e cinco litros. Essas caixas preservam a bebida por cerca de trinta dias e são dotadas de uma válvula que impede a entrada de ar ao servir o vinho. É uma boa alternativa para aqueles que fazem questão de tomar uma taça por dia e não querem abrir uma garrafa para isso.
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Acessórios


Agora que você frequenta lojas especializadas, já pode pensar em adquirir alguns acessórios importantes para servir o vinho.


Do que você realmente precisa? Aqui é necessário falar um pouco mais dos copos.O formato deles auxilia a apreciação da bebida. O nível que o vinho a ser servido deve atingir é a parte de maior diâmetro da taça, para que a bebida tenha uma boa superfície para liberar os aromas. Estes vão atingir o nariz do apreciador na parte mais afunilada do copo, permitindo melhor identificação das nuances. Só isso bastaria para justificar a importância de se utilizar a taça correta.


A má notícia:
ter uma boa coleção de taças para cada tipo de vinho custa caro, mesmo porque, nesse caso, não há como abrir mão do cristal, que é um material nobre.

A boa notícia:
você não precisa ter uma coleção para cada tipo de vinho. Existe uma taça, a ISO (International Organization for Standardization), que é um achado em termos de desenho geométrico. Ela funciona bem para qualquer vinho, com exceção dos espumantes e champanhes, e é usada em degustações técnicas no mundo inteiro.

Outros acessórios que você deve ter


Balde de Gelo:
não é frescura, como muitos pensam. O balde de gelo é um acessório útil para manter a temperatura do champagne, espumante e vinho branco. Pode e deve ser levado à mesa, pois evita o abre e fecha da geladeira para manter a bebida fresca.

Colméia:
compartimento para armazenar o vinho na horizontal. Existem móveis desenhados para esse fim, e há quem opte por utilizar tijolos vazados, de seis faces, pois oferecem boa proteção contra o calor e luz.

Corta-cápsula:
serve para retirar a tampa da cápsula, aquela lâmina que envolve o gargalo e protege a rolha. (Vocêjá deve ter usado uma faca para cortar a cápsula.)

Saca-rolhas:
a rolha deve ser retirada com o mínimo de esforço possível, daí a importância de um bom saca-rolhas. Alguns modelos mais comuns: em forma de T, de alavanca única (preferido dos garçons), de alavanca dupla e os contra-roscas, considerados os melhores (os da marca Screwpull Le Creuset são os mais famosos). Opte por um saca-rolhas com revestimento de Teflon. Evite aqueles com eixo maciço, pois arrebentam a rolha.

Salva-Gotas:
anel que deve ser colocado no gargalo da garrafa aberta. Ele impede que o vinho pingue na mesa ou escorra na garrafa ao ser servido.

Só para constar:
Não é raro a rolha se partir na operação de retirada. Às vezes parte dela fica no saca-rolhas, e o restante no gargalo. Tente usar novamente o saca-rolhas. Se não conseguir, o jeito é empurrá-la para dentro da garrafa. Isso não traz nunhum prejuízo para o vinho, caso a rolha não esteja embolorada. Se as partículas da cortiça na taça incomodarem, retire-as e aproveite o vinho.

Adquira quando puder


Adega climatizada:
existem adegas climatizadas de vários tamanhos e capacidades. São o jeito mais seguro de preservar o vinho, mas custam caro e devem ser adquiridas apenas por quem já está suficientemente envolvido com vinho e pensa em iniciar um estoque.

Decantador:
trata-se de uma jarra bojuda, para onde se transfere o vinho da garrafa. A operação chama-se "decantar" e serve para "arejar" vinhos tintos jovens, com taninos muito acentuados. Em alguns casos, o procedimento é feito para separar sedimentos (a borra) dispersos no vinho.

Fechador a vácuo:
retira o ar e veda a garrafa. Usa-se para armazenar o vinho que sobrou, com o mínimo de preujízo de suas propriedades.

Termômetro:
o modelo mais prático é aquele que abraça a garrafa como um bracelete. Alguns modelos informam a temperatura ideal para cada tipo de vinho e facilitam bastante a consulta.

Só para constar:
Uma pergunta que se faz com frequência é por quanto tempo se pode guardar uma garrafa já aberta. A resposta é: por menos tempo possível. O contato com o oxigênio altera bastante as características da bebida, especialmente se não for um vinho fortificado ou generoso, como o do Porto. Se você não tiver um fechador a vácuo em casa, use a própria rolha e mantenha a garrafa na porta da geladeira. Consuma o vinho em dois dias, no máximo. Mas, pensando bem, não é tão difícil assim "enxugar" uma garrafa inteira, lembrando que essa é uma bebida que não se toma só.

Rolha, essa pequena maravilha.


Rolhas Longas informam que o vinho tem estrutura para envelhecer.


A Rolha natural é extraída do sobreiro, árvore comum na península Ibérica. De Portugal sai 50% de toda a cortiça do mundo.


Para extrair a cortiça de rolha é preciso respeitar o longo ciclo da árvore. A primeira extração é feita quando o sobreiro atinge 25 anos. Depois, é preciso esperar mais nove anos para fazer a segunda extração, e outros nove para finalmente obter a cortiça de rolha.


Muitas vinícolas têm preferido usar rolhas sintéticas ou tampas de rosca para vedar garrafas de vinhos jovens. Já para espumantes e vinhos de guarda, a rolha natural ainda é insubstituível.


FONTE : http://www.adegadovinho.com.br

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