Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
"A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas."
Álvaro de Campos, 21/10/1935
Quem me dera desapertar-me do intruso amor ou deixá-lo magro, morrer de fome de mim e acreditar que depois de tudo, depois da terra e do mar, nessa travessia de céu, eu o animaria em todos os segredos, em todos os seus risos e pudesse confessar ( em sigilo ) que o meu maior pecado e o meu maior castigo é saber que eu não consigo mais me desvencilhar desse homem de asas.
( Marília Mendes, Novembro de 2011 )
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário