Caldo verde e Mia Couto

28 de abril de 2013 0 comentários


INGREDIENTES BÁSICOS
 
7 batatas do tipo inglesa, 01 caldo de galinha (Knorr), 01 litro de água, 2 colheres de sopa de azeite oliva, 01 linguiça paio cortada em pedaços, 01 gomo de linguiça portuguesa, 1/2 maço de couve picada bem fininho,  requeijão cremoso (220g), queijo muçarela para cobrir as torradas e torradas.
 
MODO DE PREPARO
 
Coloque a água, o caldo de galinha e as batatas para cozinhar numa panela. Após cozinhá-las, bata tudo no liquidificador. Coloque novamente na panela e adicione o paio e a linguiça portuguesa (fatiados). Cozinhe mais um pouco e acrescente azeite, sal e a couve. Quando a mistura estiver fervendo, acrescente o requeijão e mexa bem. depois de pronto, o caldo pode ser servido com torradas de queijo.

ARQUIVO PESSOAL DE LILA MORENA

 
 
MIA COUTO E MOÇAMBIQUE
EM UMA RELAÇÃO DE ABRAÇO


A relação do escritor moçambicano com as crônicas de viagens permite a contemplação de um lugar específico e muito especial no coração da África.
 
Venho lendo Mia Couto e participando dessa emoção. Os livros são presentes inesquecíveis do Caiafa, outro viajante, mais do céu do que da terra e que teve a sensibilidade de me apresentar uma nova literatura para que eu pudesse amá-la como outras que, aqui, já fazem parte do meu amado Doce de leite mineiro.
Trouxe suas viagens para a receita do caldo verde, na relação entre a escrita e a memória. O verde significa a paisagem mais sagrada dos lugares por onde esse viajante de centésimas viagens parou e registrou :
 A beleza do futebol não está no golo. Como na arte do namoro: o fascínio está nos preparativos. O encanto está no que não pode ser traduzido nem em número nem em palavra.”
 

“Os lugares são da natureza, pensamos. E não há mais que pensar. Mas os lugares foram fabricados por histórias. E são fazedores de tantas outras histórias.” 
 
 
“Os lugares só são nossos quando cabem num nome. Quando os reduzimos a palavras, simples como coisas que se arrumam na algibeira. Ao fim de um tempo, porém, o nome acaba substituindo o próprio lugar.” 
 “Não é o voarmos sobre os lugares que marca a memória. É o quanto esses lugares continuarão voando dentro de nós.” 
 “O mais importante nunca se pode fotografar (…). O que fica para sempre, o que nos revolve a alma é o que não pode ser capturado pela moldura.”


 
 
                                                                       Lila Morena, em 28 de abril de 2013.

 

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