Mãe

10 de maio de 2013 0 comentários

 
Mãe, por onde andamos
nos caminhos que nos criastes.
 Neles, nos acreditamos.
Fomos fortes, fomos fracos,
mas ainda no quase somos.
 
Da película do teu ventre,
na tua imagem portátil, perene.
Do seio que nos destes boca
da boca cheia de sonhos.
Vêm de tua oração nossos segredos,
porque nos guarda,
dá-nos o sustento
do tempo ao vento.
 
Do parto em que tu nos destes,
luz clara que infinito guia,
continuamos nascendo,
do dia após o dia
escrevendo palavras silenciosas
que não lês, no simples, adivinhas
nas tuas mãos tão morenas
quase iguais às minhas.
(Marília Mendes)

 

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