O amor me rendeu flores
violetas das mais comuns.
Isso me basta, para me dar quase inteira.
Mas não pela metade
nem mesmo pelo avesso.
Ao final, é só o retrato,
um pouco de álbum portátil
com adorno de begônias.
Ou a ferida postada em autorretrato
em que o corpo se projeta
em alto relevo
e a ausência se conforma
como no pano de fundo.
Íris, sálvias, orquídeas e magnólias,
amores-perfeitos como nunca o são.
Papoulas e gerânios que geram os lírios
que damos antes do anoitecer
violentos
em crise de choro ou em riso de graça.
(Lila Morena)
2 comentários:
Lila, seu blog é tão enfeitado e bonito como você. Quanta criatividade. Adorei!!!
Beijo.
Renata Silva
Belo poema,FLOR.
Beijo e muita saudade.
Carlos Henrique.
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