RECEITA ESPECIAL DA ESTRADA REAL

Viajando pela estrada real, conhecemos as belezas das Minas Gerais no período colonial, datado entre os séculos XVII e XVIII. Nesses caminhos, circulavam o ouro e o diamante, extraídos do estado.

Embarcam nestas estradas, as narrativas dos tropeiros e dos exploradores em busca de um enriquecimento fácil e que, através deles, surgiram vilas e cidades, forjando uma cultura de extrema importância no país. Do caminho velho de Paraty a Ouro Preto, extenso ao caminho de Sabarabuçu , O Caminho Novo e o Caminho dos Diamantes, ainda estão registrados nas minhas aulas práticas, junto ao Ensino Médio no Colégio Dom Cabral, onde lecionei 10 anos com extrema dedicação e amor. 

A partir desses caminhos, surgiu um ecoturismo no local, cuidando da preservação de caminhos tão ricos e tão literários.Não fosse a centena dos pratos salgados que eu deveria relatar, sobressairiam tantos doces, tantos biscoitos e tantas receitas especiais memoráveis.

Neste recesso escolar, dou-me ao prazer de aprender e ensinar o cural da estrada real, sob o comando da Vovó Isabel, natural do Norte de Minas, mas pioneira no fazer-culinário mineiro.

Hoje, completando 71 anos, com a riqueza folclórica enviesada nas décadas que a tornam cada vez mais jovem e amável, ela é a mãe que, incessantemente, não deixa de ensinar.

( Marília Mendes )

CURAL DA ESTRADA REAL

1/2 kg de canjiquinha, 1 lata de leite condensado,1 l de leite de côco, canela em pó, 2l de leite,2 colheres de maizena dissolvidas em 01 copo de leite, 2 pacotes de coco ralado umedecido.

Cozinhe a canjiquinha com leite, tempere com açúcar e deixe cozinhar, acrescentando a maizena, o leite condensado e o leite de coco.Ao final, acrescente o coco ralado, despeje em um tabuleiro grande, polvilhando com coco e canela e sirva, quente ou gelado.

 Lila Mendes