Calendas...
Janela onde apoio os cotovelos
cheia de articulações.
Janela coloquial, de prosa
desmemorada, mas atenta...
janela interior, infiel..
.por onde passam as outras janelas.
Não corro para a abertura
não fecho os planos.
Janela indiscreta comenta,
janela de espera,
de cheiro que pega,de namoro quente enluarado.
Segue a janela besta, métrica, pesada...
naquela pressa de chegar antes
e de beijar longamente
de se esconder atrás da porta.
( Tirei este poema dos meus guardados, que ficaram com o tempo.
A mesma paisagem me veio agora. Lugar santo de Minas revisitado.De novo o passeio sinistro de São João Del Rey a Tiradentes.A mesma linha de chegada, os pratos, o artesanato em vime ou fibras de vidro, a tarde longa e morena, as pessoas. Um feriado santo, de tanta visão indescritível.Mais tarde, aquela miniatura da cowparade para mim.Uma peça, relíquia invejável.Vou amar também).
Marília Mendes
São João Del Rey em 12 de outubro de 2010
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