JANELA SANTA

14 de outubro de 2010 0 comentários
Abro outra janela
 Calendas...
Janela onde apoio os cotovelos
cheia de articulações.
Janela coloquial, de prosa
 desmemorada, mas atenta...
janela interior, infiel..
.por onde passam as outras janelas.
Não corro para a abertura
não fecho os planos.
Janela indiscreta comenta,
 janela de espera,
de cheiro que pega,de namoro quente enluarado.
Segue a janela besta, métrica, pesada...
naquela pressa de chegar antes
e de beijar longamente
de se esconder atrás da porta.

( Tirei este poema dos meus guardados, que ficaram com o tempo.
A mesma paisagem me veio agora. Lugar santo de Minas revisitado.De novo o passeio sinistro de São João Del Rey a Tiradentes.A mesma linha de chegada, os pratos, o artesanato em vime ou fibras de vidro, a tarde longa e morena, as pessoas. Um feriado santo, de tanta visão indescritível.Mais tarde, aquela miniatura da cowparade para mim.Uma peça, relíquia invejável.Vou amar também). 
Marília Mendes
São João Del Rey em 12 de outubro de 2010

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