E a vida vai ficando esférica, esférica...
até chega um dia em que paramos na extremidade.
Uma permanência de ângulos que nos abotoam,
feche as portas do teu ontem ,
abrindo as do teu presente.
Ser de clara beleza
voa alto e perde asas
como em braços tão sinceros,
eu recolho minha alma,
Tintos olhos, imito o outro.
Componente, regendo a orquestra da vaidade.
Quando voas, tocam sinos, abre-se o tempo...
E aquilo que era esférico começa a sofrer aperto
e afina o corpo todo.
Toma forma de coração,esfumaça e descansa o hábito.
Renuncia-te a ele ,não por redondamente enganar-se,
mas por cometer em traços lentos, presunçosos,
a adivinhação em saber que já era seu
DO-MI-NA-DO.
Marília Mendes
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