Arquivo pessoal- BH por Lila Mendes ( setembro de 2012 ) |
Nesta época do ano, um complexo de dez espécies com características semelhantes dão flores roxas, rosas, amarelas e brancas. O florescimento dos ipês é a resposta da generosidade da natureza com Belo Horizonte, mesmo quando estamos desprovidos de coragem para as altas temperaturas.
É manhã de domingo e nos arredores da barragem da Pampulha, faço o meu percurso natural como tem sido feito desde fevereiro de 2012. A paisagem vai se modificando e quando nos aproximamos da lagoa para mais uma manhã de corrida , observamos diferentes tons de flores que saem dos ipês. Tem do roxo, do amarelo, do rosa e do branco. São altivos pelo porte de árvore que dá em quase todas as regiões do Brasil e recebem nomes diferentes em cada região.
O nome ipê vem da língua tupi e significa árvore com casca grossa. São excelentes polinizadores e abrigam os beija-flores em dias muito secos e quentes.
A região foi presenteada com a exuberância da natureza, majestosa e audaz em meio aos concretos da barragem, que erguem suas vias duras. São quase 18 km em um percurso intercalado por caminhada e corrida, seguidos com muita disciplina. Nos intervalos, a famosa água de coco do seu Raimundo e da dona Glória, que ficam próximos ao clube PIC e que repetem a mesma atividade há mais de 10 anos.
O nome ipê vem da língua tupi e significa árvore com casca grossa. São excelentes polinizadores e abrigam os beija-flores em dias muito secos e quentes.
A região foi presenteada com a exuberância da natureza, majestosa e audaz em meio aos concretos da barragem, que erguem suas vias duras. São quase 18 km em um percurso intercalado por caminhada e corrida, seguidos com muita disciplina. Nos intervalos, a famosa água de coco do seu Raimundo e da dona Glória, que ficam próximos ao clube PIC e que repetem a mesma atividade há mais de 10 anos.
São as mãos de Deus trazendo as árvores das madeiras que flutuam, que viram tetos de catedrais, que sofrem com a ação dos madeireiros. Mas eles sobrevivem e ornamentam a cidade. Não raros, encontram-se espalhados pela nossa Belo Horizonte, fazendo aquele que passa, parar e contemplar. Deus nos permite florescer com eles, ainda que as vias sejam duras e opacas no sofrimento necessário até a chegada da primavera.
Arquivo pessoal- Pampulha por Lila Mendes |
POLINIZA( DORES )
Outros olhos distintos
reparam nos ipês.
São polinizadores,
fecundam de grão em grão a alma do poeta
e dobram-se em cores variadas,
São polinizadores,
fecundam de grão em grão a alma do poeta
e dobram-se em cores variadas,
brilhando junto ao sol.
São densos e cheirosos como a madeira
dos tetos das catedrais.
São espécies que relutam ,
que florescem sem segredo,
no silêncio dos domingos
cheios do nada a fazer.
E dão forma de gratuita beleza
aos arredores da cidade
sem as dores da angústia
ou da melancolia do teu ser,
sem as dores da angústia
ou da melancolia do teu ser,
que se anima à sua sombra
e descansa no teu colorido sossego.
e descansa no teu colorido sossego.
( Lila Mendes )
Que seja quente, que seja triste,
mas que permita o florescimento.
Bom dia, BH !
Bom dia, BH !
4 comentários:
Marília, você é que é um doce de leite mineiro, minha querida amiga. Que saudade.Dê bom dia a Brasília também.Um bom domingo e muito sucesso com seu blog.
Teremos convenções do PT em Minas daqui a 15 dias. Olhe lá o calendário.Que Deus te abençoe muito.
R. B.
Professora Marília sua fofa, vá nos visitar no Santa amélia. Saudade.Você prometeu ir em agosto e até agora nada.
Beijo.
Isabella.
Como são lindos os ipês e a sua Belo Horizonte e o seu texto e a sua sensibilidade.Brasília também tem seus encantadores ipês espalhados pela cidade.
Forte abraço do amigo,cheio de saudade dessa Morena " arretada", vixe...
Gil.
Os ipês são presentes de Deus, amiga.
que Deus encha seu caminho de luz e de beleza. Você merece!
Helen.
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